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O Cineclube por uma cineclubista

Acreditamos que a construção de um cineclube se dá principalmente por seus cineclubistas. A Michele e eu, Jhonny, organizadores do Cineclube, somos apenas as pessoas que tentam construir coisas melhores inspirados pela arte e pela cultura. Por isso, convidamos uma de nossas cineclubistas a produzir o texto a seguir. Giovana Oliveira é uma das frequentadoras do Cineclube Gengibirra, e fala aqui sobre o filme que vimos em nossa última sessão:



O Cineclube sempre apresenta filmes maravilhosos, depois das exibições acontecem debates incríveis sobre os assuntos retratados nos filmes. Eu já tinha visto algumas exibições, mas essa de agosto teve um peso maior para mim. Foi exibido um documentário, que tinha o nome "Orin: Música para os Orixás". Uma produção brasileira, dirigida por um jornalista chamado Henrique Duarte, filmada na Bahia, lugar que podemos considerar o berço das roças candomblecistas. O documentário mostra principalmente a ligação da música brasileira com os toques do candomblé, mas não deixa de citar que no candomblé a reza é cantada, e ecoa pelo som do atabaque, e isso é sagrado.


A minha ligação com o candomblé é de enorme admiração, amor e devoção, por isso assistir um filme voltado a essa cultura me fez sentir representada.


Cena do filme Orin: Música para os Orixás

As filmagens com a Egbomi Cici do Cantuá, foi um dos momentos em que mais me emocionei durante o filme. Incrível como a produção consegue mostrar a tradição do candomblé e relacionar de uma maneira extremamente coerente com o que realmente acontece dentro da roça e as influências que isso traz na música brasileira de um modo respeitoso e emocionante. Chorei muito, mas de felicidade, ao ver a minha cultura se expandindo e sendo reconhecida de um jeito tão esplêndido.


Ao final do filme o debate aconteceu, e tive o prazer de poder levar os meus elogios e dúvidas ao diretor do filme, Henrique estava conosco via Skype, participando do debate, trocando idéias de como foi o processo de produção do documentário.


A Casa Eliseu, espaço cultural onde acontecem as exibições, e os produtores do cineclube: Jhonny e Michele, fizeram com que fosse uma experiência inesquecível para mim, um dia que ficou marcado na minha história.


Texto por Giovana Oliveira.

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